27.02.2025
Ezequiel Gomes
Contribuinte
27.02.2025

Investidor brasileiro perde processo judicial após não apresentar contrato para negociação de criptomoedas

Investidor brasileiro perde processo judicial após não apresentar contrato para negociação de criptomoedas Investidor brasileiro perde processo judicial sobre criptomoedas

Um investidor brasileiro perdeu uma ação judicial depois de não apresentar um contrato formal para comprovar sua reivindicação de um investimento em criptomoeda de R$ 100.000 (US$ 20.000).

O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina (TJSC) decidiu que apenas um extrato bancário não era prova suficiente para estabelecer uma relação de consumo com as empresas envolvidas, de acordo com o Livecoins.

O caso, que apareceu recentemente no Informativo Jurisprudência Catarinense, envolveu duas empresas, incluindo a 3xBit, uma plataforma de criptomoedas. O investidor alegou que comprou ativos digitais em 23 de outubro de 2019 e inicialmente retirou alguns fundos antes de perder o acesso à sua conta. Ele alegou que as empresas "desapareceram", deixando seu investimento irrecuperável.

O tribunal considera que não existem provas suficientes

Na sua petição, o investidor solicitou a rescisão do contrato e o reembolso dos seus fundos. No entanto, o tribunal decidiu que a simples transferência de dinheiro não prova a natureza da transação. O relator salientou que o ónus da prova recaía sobre o queixoso, que não apresentou documentação suficiente. A decisão foi mantida por unanimidade pelo colegiado de desembargadores.

Embora o Código de Defesa do Consumidor do Brasil se aplique a esses casos, o tribunal determinou que a inversão do ônus da prova exigiria que os réus produzissem "prova negativa", uma expetativa legal irracional.

A decisão destaca o crescente escrutínio judicial de disputas de criptomoedas no Brasil. Discussões jurídicas recentes, incluindo uma revisão de casos de fraude no Tribunal de Justiça de São Paulo e um programa de treinamento judicial no Mato Grosso do Sul, sugerem que as ações judiciais relacionadas a criptomoedas estão ganhando destaque.

À medida que os ativos digitais se tornam mais comuns, os investidores podem enfrentar desafios legais crescentes se não documentarem suas transações adequadamente - levantando preocupações sobre a proteção do consumidor no cenário de criptografia em rápida evolução.

Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status como líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.

Este material pode conter opiniões de terceiros, não constitui aconselhamento financeiro e pode incluir conteúdo patrocinado.