Reguladores reprimem práticas fraudulentas do Bitcoin Banco no Brasil

As autoridades brasileiras de defesa do consumidor estão novamente tomando medidas contra o Bitcoin Banco, uma extinta bolsa de criptomoedas ligada a Cláudio Oliveira, o autoproclamado "Rei do Bitcoin".
A Fundação de Proteção ao Consumidor de São Paulo (Procon-SP) multou a empresa por impor restrições ilegais aos saques de clientes, prática considerada uma violação comercial abusiva pela legislação brasileira, segundo a Livecoins.
O Bitcoin Banco, que encerrou suas operações em 2019, fazia parte do grande Grupo Bitcoin Banco, uma empresa que prometia altos retornos por meio da chamada "arbitragem infinita".
No entanto, a empresa entrou em colapso em meio a alegações de fraude e má gestão financeira, posteriormente entrando com pedido de recuperação judicial antes de finalmente ir à falência em 2021.
Autoridades exigem responsabilização apesar do colapso da empresa
A penalidade decorre de uma reclamação de consumidor de 2020 sobre saques bloqueados. A investigação do Procon-SP constatou que o Bitcoin Banco não apresentou justificativas adequadas para restringir o acesso aos fundos dos clientes e não respondeu às notificações oficiais solicitando provas de conformidade legal.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as empresas são proibidas de impor restrições injustificadas às transações. O órgão regulador também citou a falta de transparência da empresa em relação aos pagamentos, incluindo um caso específico em que um cliente não conseguiu recuperar R$ 28.531,22 (aproximadamente US$ 5.700).
Apesar da falência da empresa, o Procon-SP deu um prazo de 15 dias úteis para que o Bitcoin Banco apresente sua defesa, sob pena de sofrer novas sanções. A multa pode ser reduzida caso a empresa opte por um pagamento antecipado. No entanto, se o descumprimento continuar, as autoridades alertam para a possibilidade de sanções mais severas.
O Bitcoin Banco e o seu fundador continuam sob escrutínio legal, uma vez que os reguladores brasileiros continuam a reprimir práticas fraudulentas no sector das criptomoedas.
Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status de líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.