Mercado Bitcoin responde à ordem de suspensão da CVM e promete revisão de conformidade

O Mercado Bitcoin, uma das principais bolsas de criptomoedas do Brasil, respondeu a uma ordem de parada emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que acusou a plataforma de oferecer produtos de investimento não autorizados.
Em comunicado, a empresa garantiu que opera em conformidade com as diretrizes regulatórias e se comprometeu a avaliar o impacto da decisão, segundo o Livecoins.
CVM toma medidas sobre ofertas de investimento não autorizadas
Na terça-feira, a CVM emitiu um alerta contra o Mercado Bitcoin, afirmando que a bolsa estava facilitando contratos de investimento sem as aprovações necessárias. O órgão regulador citou especificamente a venda de tokens de ativos digitais lastreados em fluxos financeiros derivados de direitos creditórios, que classificou como valores mobiliários. Como resultado, a agência ordenou a interrupção imediata dessas atividades, ameaçando multas de R$ 100.000 por dia de descumprimento.
Apesar da intervenção regulatória, o Mercado Bitcoin esclareceu que a ordem de suspensão não afeta suas operações principais de câmbio de criptomoedas, apenas os produtos de investimento específicos sinalizados pela CVM.
A empresa enfatizou seu histórico de trabalho com reguladores, afirmando que consultou a CVM em 2020 e posteriormente ajustou suas práticas em 2023 para se alinhar às diretrizes atualizadas."Assim que tivermos acesso à fundamentação da decisão, analisaremos e avaliaremos seu impacto e alcance", disse o Mercado Bitcoin em seu comunicado.
Especialistas jurídicos observam que a lei brasileira exige autorização explícita para a oferta pública de valores mobiliários, e casos como este levaram a ações de execução semelhantes no passado. A bolsa agora enfrenta o desafio de navegar no cenário regulatório e, ao mesmo tempo, manter sua posição como um importante player no mercado de criptomoedas do Brasil.
Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status como líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.