24.03.2025
Ezequiel Gomes
Contribuinte
24.03.2025

Emissor de ETF de Hong Kong diz que a China pode suavizar a postura de criptografia

Emissor de ETF de Hong Kong diz que a China pode suavizar a postura de criptografia A China pode abrandar a sua posição em relação às criptomoedas

A China pode estar reconsiderando sua postura linha-dura em relação à criptomoeda, de acordo com Chao Deng, CEO da HashKey Capital, um importante gestor de ativos com foco em criptografia e emissor de ETF com sede em Hong Kong.

Em uma entrevista recente, Deng disse que discussões recentes com reguladores financeiros sugerem uma abertura crescente em relação aos ativos digitais no continente, de acordo com o Cryptopolitan.

Embora o comércio de criptomoedas continue proibido na China, o governo adotou a tecnologia blockchain. Hong Kong, operando sob o modelo "um país, dois sistemas", se posicionou como um campo de testes para inovações em finanças, incluindo criptografia e Web3.

Uma mudança de tom após a vitória de Trump nas eleições dos EUA

Deng observou que as perspectivas da China começaram a mudar após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA em 2024. "Com o apoio de Trump e do novo governo, a estrutura regulatória ficará mais clara", disse Deng. "Agora, as instituições e indivíduos de alto patrimônio líquido se sentem mais confortáveis em entrar na Web3 e no espaço criptográfico de uma forma regulamentada e compatível."

Yifan He, CEO da Red Date Technology, ecoou um sentimento semelhante, afirmando que há dois anos ele acreditava que a China tinha "chance zero" de aliviar as restrições. Agora, ele estima que há uma "chance de mais de 50%" nos próximos três anos.

A HashKey Capital garantiu recentemente uma licença Tipo 1 da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong, permitindo-lhe oferecer serviços de corretagem apoiados por criptografia. A empresa já possui várias licenças para gestão de ativos e investimentos em ativos virtuais.

Deng enfatizou que a regulamentação bem-sucedida em Hong Kong poderia influenciar a política chinesa mais ampla. "Se for bem-sucedido, existe a possibilidade de o governo da China continental reconsiderar sua posição", disse ele.

Apesar da especulação, plataformas como a Polymarket atribuem atualmente 0% de hipóteses de a China levantar a proibição da Bitcoin até ao final de março.

Enquanto isso, anúncios relacionados a Bitcoin e criptomoedas apareceram recentemente no Alipay, a maior plataforma de pagamento da China, apesar da proibição do país de transações de criptografia.

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