Projeto de lei de reserva de Bitcoin ganha força no Brasil com a proximidade do lançamento do real digital

Uma figura-chave na administração brasileira endossou publicamente a criação de uma reserva nacional de Bitcoin, marcando uma mudança fundamental na abordagem do país aos ativos digitais.
O fundo permitiria ao Brasil manter o Bitcoin como uma proteção contra a volatilidade da moeda e a incerteza geopolítica, ao mesmo tempo em que promove a adoção do blockchain nos setores público e privado, de acordo com o Portal do Bitcoin.
Falando na terça-feira em um evento econômico de alto nível em Brasília, Pedro Giocondo Guerra, chefe de gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, enfatizou que o Bitcoin poderia servir como uma ferramenta estratégica para salvaguardar o futuro financeiro do Brasil.
"Debater seriamente a criação de uma reserva soberana de Bitcoin é de interesse público e será crucial para a nossa prosperidade", disse ele, chamando o Bitcoin de "o ouro da internet".
As observações de Guerra se alinham com uma proposta legislativa atualmente em análise no Congresso do Brasil O Projeto de Lei 4501/2024, apresentado pelo deputado Eros Biondini (PL-MG), pede a criação da Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit).
Um hedge digital para uma economia em evolução
Se aprovada, a proposta permitiria ao Brasil destinar até 5% de suas reservas internacionais ao Bitcoin, por meio de uma estratégia de aquisição gradual. A reserva também poderia servir de lastro parcial para a Drex, a futura moeda digital do banco central brasileiro (CBDC), cujo lançamento está previsto para o final deste ano.
Os apoiantes do projeto de lei afirmam que este ajudaria a preparar a economia do Brasil para o futuro, diversificando as suas reservas e promovendo a liderança na economia digital. A proposta aguarda atualmente a designação de um relator na Comissão de Desenvolvimento Económico (CDE).
O Bitcoin está sendo negociado atualmente a $ 88.191, com outras criptomoedas importantes mostrando ganhos modestos em toda a linha.
Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status de líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.