A gigante brasileira do petróleo Petrobras se aventura na mineração de bitcoin e tokenização

A Petrobras, uma das maiores e mais lucrativas empresas de petróleo do mundo, anunciou um ambicioso projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que inclui a mineração de Bitcoin como um componente-chave.
A iniciativa faz parte de uma exploração mais ampla em aplicações de blockchain destinadas a impulsionar uma transição de baixo carbono, de acordo com Marcelo Curi, o campeão de implementação do projeto, de acordo com a BlockNews.
O projeto reúne vários departamentos da empresa, ao lado de instituições como o Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) e a Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Ele investigará a tokenização, mecanismos de consenso baseados em blockchain e modelos de negócios inovadores para aprimorar a cadeia de valor da Petrobras.
Alavancando o Blockchain para Petróleo e Gás
Uma aplicação chave que está a ser explorada é a utilização de gás natural proveniente da extração de petróleo - um recurso muitas vezes desperdiçado - para alimentar as operações de mineração de Bitcoin. Isso se alinha com iniciativas semelhantes de outras empresas de energia, como a YPF da Argentina e a Gazpromneft da Rússia, que se voltaram para a mineração de Bitcoin como um uso sustentável da energia excedente.
O blockchain não é novidade para a Petrobras. A empresa colaborou anteriormente com a Fundação Cardano para lançar seu primeiro projeto público de blockchain em 2023, emitindo 500 tokens não fungíveis (NFTs) para treinamento de funcionários. Isso se baseia em estudos anteriores de blockchain realizados com a PUC-Rio, que identificaram seu potencial para agilizar processos em todo o setor de petróleo e gás.
"A capacidade do blockchain de promover a confiança e a colaboração entre os concorrentes é transformadora", observou o estudo. Ao integrar operações tradicionalmente isoladas, a Petrobras pretende aumentar a eficiência e a sustentabilidade.
A entrada da empresa na mineração de Bitcoin ressalta seu compromisso com a exploração de tecnologias de ponta, combinando a inovação do blockchain com a responsabilidade ambiental no cenário energético em evolução.
O Brasil solidificou seu status como líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.