Investidores em criptomoedas no Brasil podem enfrentar perigo à medida que os criminosos se voltam para o roubo de ativos digitais

Uma família da cidade de São Paulo tornou-se a mais recente vítima de uma tendência crescente no Brasil: crimes violentos contra investidores em criptomoedas.
Criminosos armados invadiram uma casa em Campo Limpo Paulista, fizeram os moradores reféns e os obrigaram a transferir seus ativos digitais antes de fugir com seus celulares. O prejuízo estimado é de aproximadamente US$ 16.000 (R$ 93.500), segundo o Livecoins.
Uma nova fronteira para o crime organizado
De acordo com relatos, os criminosos alegaram afiliação a uma organização criminosa, embora nenhum suspeito tenha sido identificado. O método exato pelo qual eles descobriram as criptomoedas da família ainda não está claro. No entanto, esse incidente ressalta uma preocupação crescente - os investidores em criptografia estão sendo cada vez mais visados não apenas online, mas no mundo real.
Casos semelhantes foram relatados em todo o Brasil. Em 2024, um caso de alto perfil viu uma advogada ser sequestrada, com seu marido forçado a transferir criptografia como resgate. Tragicamente, ela foi assassinada apesar do pagamento. Mais recentemente, até o cofundador da Ledger, uma empresa especializada em carteiras de criptomoedas, foi raptado em França antes de ser libertado.
Os especialistas em segurança alertam para o facto de a discussão pública de activos digitais, o uso de vestuário com símbolos de criptomoeda ou a ostentação de riqueza online poderem atrair a atenção de criminosos. À medida que o mercado de criptomoedas continua a crescer, também aumenta o risco de ameaças físicas aos investidores.
As autoridades de São Paulo estão a investigar o último caso, mas não foram divulgados mais pormenores. Enquanto isso, empresas como a Prosegur começaram a oferecer soluções de custódia privada para aumentar a segurança para aqueles que detêm ativos criptográficos significativos.
Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status de líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso classifica o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.