12.03.2025
Ezequiel Gomes
Contribuinte
12.03.2025

Investidores processam a XP por supostas práticas de giro excessivo e corretagem abusiva no Brasil

Investidores processam a XP por supostas práticas de giro excessivo e corretagem abusiva no Brasil A XP alegou práticas de corretagem abusivas e de churning

A XP Inc., uma das maiores instituições financeiras do Brasil, está sendo processada por investidores que alegam práticas abusivas de corretagem, incluindo negociações excessivas - comumente conhecidas como "churning" - para gerar comissões mais altas.

O caso levanta preocupações sobre o tratamento dado pela empresa aos investidores de varejo e sua confiança em produtos financeiros complexos, de acordo com a Block Trends.

De acordo com o processo, a XP incentivou os clientes a investir em Certificados de Operações Estruturadas (COEs), instrumentos financeiros complexos que combinam componentes de renda fixa e variável. Os investidores alegam que os consultores da XP promoveram esses produtos sem divulgar totalmente os riscos, levando a perdas financeiras substanciais.

A ação judicial alega ainda que a XP manipulou as carteiras dos clientes para maximizar as comissões, envolvendo-se em negociações de alta frequência sem o devido consentimento do investidor.

Alegações de uma estrutura em pirâmide

Um relatório recente da Grizzly Research, uma empresa de análise sediada nos EUA, reforçou essas preocupações, sugerindo que a rentabilidade da XP depende da venda contínua de COE para sustentar o fundo Gladius. O relatório comparou a estrutura da XP a um esquema de pirâmide, afirmando que se os novos investimentos abrandarem, a empresa poderá enfrentar instabilidade financeira.

A XP foi anteriormente acusada de práticas semelhantes, com reguladores e investidores a questionarem o seu modelo de negócio. Em 2024, investidores processaram a corretora por supostas tácticas de venda enganosas, alegando perdas na ordem dos milhões.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda não anunciou uma investigação oficial sobre essas últimas alegações. Enquanto isso, as ações da XP caíram 2,87% na Nasdaq após a publicação do relatório da Grizzly Research. A empresa ainda não comentou o processo.

À medida que o escrutínio sobre a XP cresce, investidores e reguladores estão atentos para determinar se a ação legal levará a uma maior supervisão do setor financeiro do Brasil.

Enquanto isso, o Brasil solidificou seu status de líder global em criptografia, com 26 milhões de cidadãos - 12% da população - possuindo ativos digitais. Isso coloca o país em sexto lugar no mundo em adoção de criptografia, destacando seu crescente impacto no setor.

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