Ações da Nvidia caem para US$ 144, com riscos da China e projeto de lei sobre chips paralisando a recuperação pós-lucro

Em 18 de junho, as ações da Nvidia estavam sendo negociadas a US$ 144,12, com queda de 0,4% nas últimas 24 horas.
Isso ocorre após uma forte corrida nas semanas anteriores, impulsionada pelo sentimento dos investidores em relação à IA e pela cobertura otimista dos analistas.
Destaques
- A Nvidia está se consolidando em torno de US$ 144, com forte suporte em US$ 140 e resistência perto de US$ 147.
- Os indicadores técnicos são mistos, mas um padrão de bandeira de alta sugere potencial para um rompimento de alta.
- A demanda mais ampla por IA apoia o crescimento de longo prazo, embora os riscos de exportação e as preocupações com a avaliação representem desafios de curto prazo.
O preço atual da Nvidia (NVDA) está um pouco acima da média móvel de 100 dias, de US$ 140, e confortavelmente acima da média de 200 dias, perto de US$ 133. Esses indicadores de longo prazo sugerem que a tendência de alta permanece estruturalmente intacta. As médias móveis de curto prazo, como a de 20 dias (US$ 143) e a de 50 dias (US$ 142-143), atuam como resistência imediata. A incapacidade de fechar acima de US$ 145 nas últimas sessões aponta para um teto de curto prazo próximo a US$ 146-147, que se alinha com a resistência histórica e os níveis de retração de Fibonacci.
Os osciladores pintam um quadro misto. O Índice de Força Relativa (RSI) está oscilando próximo a 43, sugerindo uma dinâmica neutra a levemente baixista. O MACD se achatou, e o Índice Direcional Médio (ADX) sinaliza o enfraquecimento da força da tendência. Apesar disso, a NVDA está formando um padrão de bandeira de alta no gráfico diário, o que indica um possível rompimento se conseguir ultrapassar a barreira dos US$ 146. O suporte continua firme na zona de US$ 140-143, e um rompimento abaixo de US$ 140 poderia expor a ação a US$ 135 ou até US$ 130.
Dinâmica de preços das ações da NVDA (abril de 2025 - junho de 2025). Fonte: TradingView
Os padrões de volume sugerem acumulação, já que os recuos recentes ocorreram em um volume menor em comparação com os aumentos, um sinal positivo para os touros. Além disso, a ação não rompeu sua linha de tendência inclinada para cima a partir das baixas de março, reforçando o argumento de que a NVDA está acumulando energia para um novo impulso de alta, em vez de reverter. Os investidores devem monitorar de perto um rompimento decisivo acima de US$ 147 ou abaixo de US$ 140 para obter uma confirmação direcional.
O sentimento em relação aos chips aumenta, mas os riscos macroeconômicos e geopolíticos persistem
Na frente macro, os fabricantes de chips atraíram a atenção política. Uma proposta do Senado dos EUA visa expandir os créditos fiscais de semicondutores de 25% para 30%. Embora a própria Nvidia possa não se beneficiar diretamente da estrutura de crédito voltada para a fabricação, o sentimento permanece amplamente positivo para o setor. Entretanto, a tensão renovada em torno das restrições de exportação para a China continua a pesar. No final de maio, as ações da Nvidia caíram apesar dos fortes lucros, em parte devido a preocupações com a limitação das vendas de chips de IA para os mercados chineses.
Ainda assim, a construção mais ampla da infraestrutura de IA consolidou o papel dominante da Nvidia nessa tendência secular. Espera-se que a Blackwell, a arquitetura de GPU de próxima geração da empresa, sustente o crescimento do data center e da IA no segundo semestre de 2025. O sentimento dos analistas reflete essa força: Barclays, Piper Sandler e Oppenheimer mantêm classificações de desempenho superior, citando a integração exclusiva de hardware e software da Nvidia na pilha de IA.
No entanto, algumas vozes pedem cautela. Uma análise recente do Business Insider listou cinco ventos contrários para as ações de IA, incluindo avaliações exageradas, alta dependência da infraestrutura de energia e possível aperto de liquidez impulsionado pelo Fed. Notavelmente, o crescimento do data center da Nvidia exige uma grande capacidade de energia e de servidores físicos, o que representa gargalos à medida que a IA aumenta. Um artigo recente da Barron's enfatizou esses riscos, observando como o aumento do consumo de energia e a escassez de terrenos poderiam funcionar como obstáculos para a futura expansão da Nvidia.
Faixa de variação no curto prazo, potencial de alta no médio prazo
No curto prazo, é provável que a Nvidia permaneça em uma fase de consolidação entre US$ 140 e US$ 150. Se as condições macroeconômicas se estabilizarem e os fluxos relacionados à IA continuarem fortes, a NVDA poderá testar novamente a resistência de US$ 147, com um rompimento abrindo caminho para US$ 155-160 no terceiro trimestre.
O cenário básico continua sendo uma faixa de negociação de US$ 140-146. Em um cenário de alta, superar os US$ 147 com convicção tem como meta US$ 150-155. Um acompanhamento mais otimista, possivelmente catalisado por ventos favoráveis macroeconômicos ou por uma orientação de lucros mais forte do que o esperado, poderia levar a ação a US$ 160 até o final do verão. No lado negativo, qualquer desenvolvimento desfavorável - como mais limitações de exportação ou correções amplas do mercado - poderia levar a NVDA a cair para US$ 135, com suporte mais profundo em torno de US$ 130.
A liderança da Nvidia em GPUs de IA a posiciona no centro da crescente demanda das empresas que estão expandindo a infraestrutura de IA. O CEO Jensen Huang chama essa mudança de uma nova revolução industrial, com os analistas aumentando as previsões de lucros com base no crescimento global esperado do hardware.