O preço do petróleo bruto WTI cai para perto de US$ 66, já que a rejeição da linha de tendência e o risco tarifário prejudicam as perspectivas

Os preços futuros do petróleo bruto WTI permaneceram sob pressão na terça-feira, sendo negociados perto de US$ 66,40 por barril, já que as novas ameaças de tarifas globais e os acontecimentos geopolíticos pesaram sobre o sentimento dos investidores. A queda ampliou as perdas de segunda-feira, impulsionada por uma combinação de preocupações com a diminuição da oferta e novos catalisadores de baixa.
Destaques
- Petróleo bruto WTI cai para US$ 66,40 com a proposta de cessar-fogo aliviando as preocupações com o fornecimento de curto prazo
- Trump anuncia tarifas de 30% sobre a UE e o México, aumentando a pressão sobre a demanda
- O principal suporte técnico em US$ 65,50 está ameaçado, com os ursos de olho em um movimento em direção a US$ 63,50
O presidente Donald Trump deu à Rússia um prazo de cessar-fogo de 50 dias, alertando para a imposição de tarifas de 100% se a guerra na Ucrânia não for interrompida. A mudança reduziu as expectativas de choques imediatos na oferta decorrentes de sanções, levando a preços mais baixos.
Dinâmica de preços do USOIL (Fonte: TradingView)
Simultaneamente, as novas tarifas de 30% impostas por Trump sobre produtos da União Europeia e do México, previstas para começar em 1º de agosto, aumentaram a pressão sobre as perspectivas da demanda global. Os investidores temem que essas medidas, juntamente com as tensões comerciais mais amplas, possam desacelerar a atividade econômica e reduzir o consumo de energia, principalmente nos mercados emergentes e nas economias com grande volume de produção.
A estrutura técnica favorece os ursos abaixo da resistência descendente
Tecnicamente, o preço do petróleo bruto WTI permanece limitado abaixo de uma linha de tendência descendente dominante, com várias rejeições entre US$ 74 e US$ 76 reforçando o controle de baixa. Depois de não conseguir sustentar sua recente alta, o preço recuou abaixo da MME de 200 e agora está testando a zona de suporte chave de US$ 66 a US$ 65,50. Essa área é apoiada pela convergência das principais médias móveis, que agora se agrupam em torno de US$ 66, indicando uma zona de indecisão de curto prazo.
Um rompimento confirmado abaixo de US$ 65 provavelmente exporia as metas de baixa em US$ 63,50 e, possivelmente, em US$ 60. No lado positivo, os touros devem recuperar os US$ 70 e superar de forma decisiva a linha de tendência descendente de longo prazo para reverter a estrutura de baixa. Até lá, as altas continuam suscetíveis à pressão de venda, principalmente perto das zonas de oferta anteriores e das confluências da MME.
Em nossas perspectivas anteriores, identificamos a região de US$ 74 a US$ 76 como um teto técnico importante. A rejeição de terça-feira confirma mais uma vez que o preço do WTI não tem impulso de alta sem um rompimento decisivo acima da resistência da linha de tendência. A estrutura atual dá suporte a uma postura cautelosa, já que os traders aguardam mais confirmações dos eventos de risco globais.