20.01.2025
Oleg Tkachenko
Autor e especialista da Traders Union
20.01.2025

O Diretor Executivo da IKEA apela à redução das tarifas comerciais

O Diretor Executivo da IKEA apela à redução das tarifas comerciais CEO da IKEA apela à redução das tarifas comerciais para aliviar os custos dos consumidores

Jesper Brodin, CEO do Ingka Group, o maior franchisado da IKEA, manifestou o seu apoio à redução das tarifas comerciais, salientando o seu impacto nos custos para os consumidores.

Falando no Fórum Económico Mundial em Davos, Brodin partilhou o seu otimismo quanto à melhoria da procura por parte dos consumidores, após anos de pressão inflacionista, segundo a Reuters.

Principais conclusões

- O CEO da IKEA enfatizou os benefícios de menos tarifas comerciais, destacando seu potencial para manter os preços ao consumidor baixos.

- A inflação e as elevadas taxas de juro tiveram um impacto negativo nos consumidores, mas a IKEA vê sinais de recuperação da procura.

- O Grupo Ingka registou uma diminuição das vendas e dos lucros no ano passado, mas continua otimista quanto ao regresso aos padrões normais de consumo.

Impacto das tarifas comerciais nos retalhistas mundiais

Jesper Brodin, orador no fórum de Davos, sublinhou como a redução das tarifas comerciais beneficia tanto as empresas como os consumidores.

Receitas anuais do Grupo IKEA a nível mundial (2001 - 2024) Fonte: Statista

Afirmou que as empresas internacionais, como a IKEA, prosperam em ambientes com tarifas harmonizadas, reduzindo a necessidade de transferir o aumento dos custos para os clientes. "Quanto menos tarifas, melhor", observou Brodin, salientando os riscos económicos que as tarifas representam para o comércio e consumo globais.

Pressão da inflação e sinais de recuperação

Brodin reconheceu os efeitos nocivos da inflação e das elevadas taxas de juro sobre as despesas de consumo nos últimos anos, que afectaram significativamente os orçamentos familiares e reduziram as despesas discricionárias.

Estas pressões económicas obrigaram muitos consumidores a dar prioridade às compras essenciais, deixando menos espaço para artigos não essenciais como o mobiliário. Apesar destes desafios, Brodin observou uma mudança no comportamento dos consumidores, com a procura a começar a recuperar à medida que as pressões inflacionistas diminuem e as condições económicas estabilizam.

A IKEA tem observado uma tendência positiva, com os clientes a regressarem gradualmente aos padrões de consumo habituais e a mostrarem um interesse renovado em melhorar as suas casas. Esta recuperação, de acordo com Brodin, sugere uma perspetiva económica mais positiva e um regresso a um ambiente de retalho mais estável num futuro próximo.

As dificuldades financeiras e os ajustamentos estratégicos da IKEA

O Grupo Ingka, que gere as lojas IKEA em 31 países e contribui para 90% das vendas globais da marca, registou uma diminuição dos lucros e das vendas no ano passado. A empresa reagiu à inflação reduzindo os preços, com o objetivo de atrair compradores preocupados com o orçamento.

Embora este facto tenha tido um impacto na rentabilidade a curto prazo, a IKEA continua confiante de que a sua estratégia será rentável à medida que a procura dos consumidores for aumentando. O Presidente do Conselho de Administração da IKEA salientou a importância da redução das tarifas comerciais para aliviar os custos para os consumidores e as empresas, ao mesmo tempo que manifestou otimismo quanto à recuperação gradual da procura por parte dos consumidores.

Recorde-se quea casa italiana de moda de luxo Prada está alegadamente a considerar a compra da Versace à Capri Holdings, sediada nos EUA.

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